terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O BOM CAFEZINHO


O cafezinho nosso de cada dia é a bebida mais consumida do planeta, os seus efeitos sobre a capacidade de concentração são conhecidos na prática por estudantes e profissionais. A cafeína, o principal composto do café, age na área do tronco encefálico e promove alterações no estado de alerta, orientação espacial, tempo de reação e agilidade de locomoção, combatendo temporariamente a fadiga e a sonolência. Os efeitos cognitivos, porém dependem da dose ingerida e do tipo de tarefa estudada. Sabe-se que a atenção pode modificar a atividade neural de áreas corticais específicas que participam dos processos perceptivos. Isso significa que a ampliação da atenção é capaz de aumentar a resposta dos neurônios a determinados estímulos, ou seja, as respostas tendem a ser mais rápidas e precisas. Em relação a memória, porém não há dados conclusivos sobre os efeitos do café. A molécula psicoativa responsável é a metilxantina, das famílias dos alcalódios, usada em inúmeros medicamentos desde analgésicos até drogas para o tratamento da asma. Diversos estudos, entre eles os do farmacologista Alberto Ascherio, da Universidade de Havard, sugerem que o consumo regular pode reduzir também o risco de Parkinson. De fato, levantamentos epidemiológicos verificaram que a maior ingestão de café ao longo da vida está associado a menor incidência patológica. Nos últimos anos, vem crescendo o interesse em estudos sobre as possibilidades de a cafeína proteger contra o Alzheimer.

Fonte: Scientific American/Revista Mente Cérebro. N° 218.

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