Tão antigo quanto o Cristianismo, os 7 pecados capitais só foram formalizados no século VI quando o Papa Gregório Magno tomando por base as Epístolas de São Paulo definiu eles entre os sete principais vícios de conduta: luxúria, ira, inveja, soberba, preguiça gula e avareza.
Há 35 anos atrás, Roberto Carlos questiona: "por que será que tudo que a gente gosta é ilegal, imoral ou engorda?
Existem estudos que os pecados estão ligados a processos neurobiológicos que envolvem regiões primitivas do cérebro, e além do mais, eles estão enraizados na nossa biologia devido aos processos evolutivos que trouxeram de maneira direta ou indireta sucesso reprodutivo para os genes dos nossos ancestrais.
Isso não quer dizer que tenhamos carta branca para sair afrontando o divino por aí, já que se os pecados vem das amídalas e das regiões mais primitivas do cérebro, porém contamos com as áreas mais desenvolvidas para frear os impulsos. A região responsável para barrar os impulsos das amídalas é o córtex pré-frontal, ou seja, uma fatia jovem do cérebro, de modo que, essa estrutura avança e faz o Ser Humano agir diferente. Essa desanimalização é crucial para a vida em sociedade, e se não fôssemos capazes de conter nossos impulsos básicos, viveríamos de maneira caótica. Logo, essa medida quem dá é voce.
Portanto, ninguém pode atirar a primeira pedra, e não é por acaso que mesmo os mais mundanos dos sete pecados tiveram um papel crucial na evolução humana.
Fonte: Revista Super Interessante - Edição Especial, N° 302 A - Março/2012
Fonte: Revista Super Interessante - Edição Especial, N° 302 A - Março/2012
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